segunda-feira, 14 de junho de 2010

Inconstância da constante vida.

Como de praxe, deito minha cabeça no travesseiro mais uma noite, e começo a pensar. Dessa vez me peguei pensando na inconstância que muitas vezes nossa constante vida se encontra. Até em que ponto essa inconstância é boa para nós? A vida é mesmo uma inconstância de estados e sentimentos. Falo isso por mim mesma, e não aguento nem um segundo sequer viver nesse chove não molha. Quem dera tivessemos a certeza do dia de amanhã e pudessemos fazer tudo conforme o nosso planejado, ou pelo menos pudessemos prever, o mínimo que fosse, o resultado de nossas ações. E corretíssimo estava newton com sua terceira lei: da ação e reação. Todos nós sabemos que toda ação tem sua reação, e que nem toda reação é conforme o nosso planejado, e que isso varia totalmente dependendo da pessoa. Difícil é querer controlar essa reação. Cabe a cada um olhar com os olhos que quer, para cada situação, e nem Jesus agradou todo mundo mesmo, imagina nós, que vivemos cercados de pessoas hipócritas, que a imagem e aceitação de todos vem antes da sua integridade moral, e do seu caráter. Até que ponto as pessoas abrem mão da sua felicidade em troca da aceitação de um grupo social? Será que vale a pena abdicar toda a sua vida, o seu amor verdadeiro, seus desejos, suas conquistas, por um sorriso hipócrita daquele "colega" de um determinado local? Sabemos que todos nós temos uma imagem a zelar, queremos que todos nos aceitem, e parece que vem de berço essa necessidade. Ninguém vive sozinho, e triste é aquele que não tem amigos,e não tem para quem falar "eu te amo". Mas também esquecemos que a nossa autenticidade é o que torna cada um de nós únicos, diferentes, até mesmo insubstituíveis. Nunca nesse mundo vamos encontrar pessoas iguais, podem ser parecidas, mas iguais jamais. Podemos aprender a amar as diferenças, e com isso aceitarmos uns aos outros. E parando para pensar vejo que muita dessa nossa inconstância está relacionada ao fator de aceitação. Mas eu prefiro agradar a poucos, ser amada por poucos, e viver intesamente, amar de verdade, ser feliz de verdade. Não posso ter medo de ser o que sou, e abafar o meu verdadeiro eu. Prefiro olhar para trás um dia, e ver que vivi cada momento como deveria ser vivido. Sei que agindo assim posso magoar ou desapontar algumas pessoas, e falando assim pareço estar sendo nem um pouco altruísta, mas estou sendo sim. Abro mão do que pensam de mim, e abro mão do que ainda hão de falar de mim. Se nós mesmos não nos amarmos, quem vai fazer isso pela gente? Se nós mesmos não buscarmos a nossa felicidade, quem vai fazer isso pela gente? As pessoas estão aí para criticar,e poucos são os que abrem a boca pra te elogiar. Assim a vida vai acontecendo, dia após dia, noite após noite.