terça-feira, 15 de junho de 2010

Love again?

O amor tem muitas faces, formas e conteúdos.
Mas o amor que arrebata todo o ser, que inebria a alma, que faz a pele se tornar um com todo ser, e que faz a loucura ser bem-vinda como se fora sensatez, sim, esse amor só acontece uma vez.
E poucos visitaram sua morada.
Os que de lá saíram, nunca lá deixaram, pois esse lugar se instala na alma, e impede que o mundo continue a existir. Qualquer outro mundo.
Os que tentam viver outra vida depois disso, sofrem e não sabem mais fingir.
Quem tenta suportar a carga desse ser que vive sobre esse jugo desse amor, ganhará rapadas mesmo sem merecer; se sentirá estranho e desprezado, mesmo que entregue todos os seus bens por ele.
Não há maior que o lugar do amor, e nada é mais apertado do que ele, quando o outro anda longe dos olhos.
Pode-se dizer que pode amar com o mesmo amor muitas vezes. Mas não creio. E os que me dizem que assim amaram durante a vida, e que foram muito seus amores, recebem meu olhar de descrença, pois esse amor é um só. É irrepetível, e quem um dia beijou achará todos os demais lábios frios como os da morte.
Seu bem não tem cura. O verdadeiro amor não é a cura. E quem sofre dele tem que abraçá-lo como dor, bem no meio do peito , e entregá-lo a Deus, a fim de que ele sera pura felicidade, nunca sem dor.